"Então Barnabé, tomando-o consigo, o trouxe
aos apóstolos..."
(Atos dos Apóstolos 9.27a)
As pessoas reconhecem que vivemos num tempo marcado
pela violência e permanente desconfiança. As aproximações acontecem
vagarosamente e o medo se evidencia quando muitas pessoas que afirmam o desejo
de estar ao nosso lado, se mostraram agressivas e numa posição absolutamente
oposta.
Paulo foi alguém que, a partir de suas convicções, perseguiu insistentemente homens e mulheres que seguiam a Jesus. Os discípulos do Senhor experimentaram a dor e a morte através de suas mãos. O nome e a presença de Paulo anunciavam a chegada da angústia e da separação.
O encontro com Cristo no caminho de Damasco mudaria sua história pessoal. Mais que isso, a conversão de Paulo poderia transformar o futuro de muitas famílias. Mas, quem acreditaria nos fatos relatados por ele? Quem estenderia a sua mão para receber aquele que transpirava ameaças contra a igreja?
Barnabé foi um homem que optou acolher. Como instrumento nas mãos de Deus, abriu-se para receber Paulo. Correu riscos. Certamente enfrentou oposições. Dispôs seu coração e rompeu barreiras para acreditar que os céus podem fazer muito mais do que imaginamos. Preconceitos, estigmas e temores foram deixados para trás.
A atitude deste homem é mais que um convite ao acolhimento. Na verdade, Deus através de Barnabé nos convoca a refletir sobre o significado de seu gesto, pois é preciso que cada vez mais estejamos dispostos a receber todas as pessoas e acreditar que o outro pode e deve ser instrumento da missão de Deus para iluminar caminhos das pessoas nesta geração.
Sejamos como Barnabé. Abramos os braços, sempre!
Deão Sérgio Andrade
Catedral Anglicana da SS Trindade - Recife
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