Senhor
ensina-nos a orar...
Senhor ensina-nos a orar...
“Certo dia Jesus estava orando em determinado lugar. Tendo terminado, um
dos seus discípulos lhe disse: ‘Senhor, ensina-nos a orar....” (Lucas 11.1)
Quanto mais oramos mais percebemos que não podemos dominar técnicas,
pois não se aprende a orar com métodos ou modelos. Quanto mais oramos
percebemos que o princípio que envolve a oração não é o dominar, mas o ser
dominado. Não é estar no controle, mas ser controlado.
Por isso é preciso desconfiar de toda pessoa que se apresente como
portadora de conceitos e métodos de oração. A Bíblia não apresenta métodos ou
passos de como orar bem para conseguir os melhores resultados! A oração cristã,
aliás, não tem relação alguma com as modernas técnicas da PNL (Programação
Neurolinguistica) ou da confissão positiva. O livro dos Salmos, um livro de
orações, apresenta-nos a oração como expressão viva de um relacionamento entre
aquele que crê (inclusive com as suas crises de fé) e Deus, a fonte de todo
bem, a causa e o alvo da oração.
A pobreza da oração em nosso tempo é que a reduzimos aos pedidos e às
reivindicações, bem como a um mero ritual de palavras sem sentido e desconexas,
resultado de um relacionamento raso ou inexistente com Deus. No primeiro caso,
Deus é tão somente um provedor de benesses; no segundo caso, Deus é um mero
conceito, ou no máximo um poder que se crê existir, mas com o qual não se
mantêm nenhuma relação pessoal.
Haja vista que a oração é relacionamento, oramos bem quando nossa
relação com Deus permeia toda nossa vida, e não apenas alguns compartimentos
isolados de nossa existência. Tal e qual a amizade, a oração não se constrói
com alguns segundos e nem se torna forte com encontros esporádicos e sem
interesse pelo outro. Tal e qual a amizade, a oração, com todos os seus efeitos
e privilégios, não se prova assim de relance, de passagem. Assim como a
amizade, a oração é antes uma condição de vida – de vida constante e
persistente– e os seus resultados se vão manifestando com o tempo. A grande
dádiva que esperamos na oração é que Deus se dê a Si mesmo, em comunhão
conosco. E o mais que Ele der será incidental e secundário.
Por isso, um Congresso de Oração pode ajudar-nos a compreender mais
sobre a oração, mas não nos fará melhores oradores. Para aprendermos a orar
precisamos sempre e sempre ser como os discípulos aos pés de Jesus, que na
proximidade com o Mestre suplicam-Lhe: “Senhor, ensina-nos a orar...”. No amor
dAquele que nos amou primeiro, Ézio Martins de Lima, pr
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.